2 de fevereiro de 2012

Direita/Esquerda

"A terminologia usual da linguagem política é estúpida. O que é esquerda e o que é direita? Reações contra políticas pouco inteligentes não devem ser condenadas. E progresso em direção ao caos não deve ser elogiado."


 Intervencionismo, uma Análise Econômica (1940), Ludwig von Mises.




Fevereiro, 2012. Mas parece que estou na Alemanha do Führer ou na "Geração '68". Já parou para pensar imparcialmente, sem pender para nenhum dos lados, como o discurso e comportamento esquerdista têm se mostrado tão intolerante quanto o nacional-socialismo de Hitler? Não, certamente não. E mais, ainda dirão que estou louca.

Nas últimas décadas - especialmente o segundo mandato de "Lula" e o primeiro de Dilma Rousseff - vêm permeados de contradições  de políticas auxiliadoras/assistenciais ditas como "provisórias" na ocasião, mas que hoje nutrem as classes menos favorecidas e não lhe dão perspectivas de mudança como prometido. Incompetência à parte, serão os esquerdistas hipócritas o suficiente para negar que são financiados por empresários e por pessoas e entidades taxadas como de direita? Sim. Quem está no poder deve manter à aparência, afinal um governo não é legítimo se não houver protocolo e manipulação da informação.

Nos últimos mandatos petistas, não vou negar, houveram progressos. Mas de forma alguma pode-se dizer que foi um governo limpo. Basta acompanhar o noticiário sensacionalista e os debates para ver as parcerias outrora renegadas e, posteriormente, assumidas como convenientes. Talvez, no mundo deles, isso seja admissível e comum. Quem sabe.

Meu intuito não é julgar a competência das partes, mas entender o por que dividi-las. É inacreditável como um termo tão banal como direita/esquerda consegue separar pessoas e "mundos". O Estado deveria tratar a população de forma una e indivisível ao invés de hierarquizar por meio de classes e ideologias. Isso deveria ser algo ultrajante, do mesmo modo que o antissemitismo, a xenofobia e o racismo. No entanto, parece ser mais fácil estigmatizar o Nazismo e demonizar Hitler do que abrir os olhos e enxergar os problemas advindos dessa separação social.

Quero dizer que nós, cidadãos, não precisamos ser partidários ou apartidários, políticos ou apolíticos. Antes de se filiar ou apoiar qualquer causa deve-se conhecê-la. E desse modo ver-se-á que a direita e a esquerda se complementam e são inerentes uma à outra. Não há razão em dividir o que não se deve dividir. E tão pouco rechaçar àquele que não compartilha a tua opinião.

A ata da vez não é a mesma dos jovens de '68, o contexto mudou e agora não é necessário a implementação da democracia, mas a efetivação da mesma. Não faz parte do conceito "democracia" ser egoísta e unilateral e tudo o que o Brasil não precisa neste momento é de pseudo-vermelhos lutando por utopias comunistas, apoiadas em discursos já proferidos e com validade vencida. Esse comportamento separatista e populista deve ser banido, a fim de uma política igualitária à todos. E ser menos favorecido não é uma desculpa para colocar corruptos no poder e maldizer o outro lado.

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